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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

39,25.

A minha identidade fugiu de mim, não sou mais aquela que sempre soube quem era. Eu simplesmente deixei de ser uma persona. Olho no espelho e vejo um rosto abatido, frágil, e desgastado; olho nas fotos e vejo a vida e a felicidade. Quem estará errado?  Ou o tempo simplesmente regrediu prá época em que se acreditava que as fotografias roubavam um pouco da alma e da vida da pessoa nela?

Nunca fui boa em mostrar minha verdadeira cara, mas agora eu não me vejo em nenhuma das que eu tenho. Perdi tudo junto dos quilos que me mantinham estável e resistente à brisas. Meu medo e desconfiança voltaram a minha rotina. Ou eu apenas estou me apegando a lembraças há muito tempo esquecidas, no qual eu sentia que o tempo ou a maturidade não me alcançavam, no qual minha única evolução era no tempo a mais "vivido".

Quanto tempo se passou desde a última vez em que eu realmente pensei que aquele era o começo do meu desaparecimento?

Estou voltando a ser complexada, e dia após dia acho mais estranho o fato de que estou me acostumando com a fraqueza, o cansaço, e com o desanimo. Cadê toda a vida que eu exalava ano passado?

Me sinto novamente como uma criança tomando pípulas porque seu próprio corpo se recusava a evoluir, ou até mesmo a sobreviver decentemente. Mas aqui vou eu começar novamente uma cruzada contra meu ser à procura da tão sonhada qualidade de vida.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Procura-se.

Procura-se um futuro possível amor de toda uma vida. Procura-se loucamente pelo seu paradeiro e pelo seu nome verdadeiro. Foi visto pela última vez na rua mais linda de São Paulo, aquela lá com a ponte japonesa, e com a vista panoramica de todo o centro velho. Provavelmente ele estará lá numa tarde qualquer, andando como se ele fosse a essência do lugar deixando a sua marca na vida de qualquer pessoa que o ver.

Ele é alto, com o cabelo levemente desarrumado, com a barba aparada, um semblante gentil, e com um cigarro entre os dedos que evitam um toque brusco contra os lábios que amam sorrir levemente. Ele simplesmente é a combinação perfeita de um deus grego com um toque de Mr. Darcy; e mais do que isso, ele é o que eu tenho procurado por toda uma vida. Cuidado ao cruzar com ele, pois numa questão de segundos seu coração pode ser roubado com um simples olhar intenso, igual o meu foi roubado numa tarde ensolarada de outubro.

Procuro ele e meu coração de volta, ou pelo menos o seu olhar que me paralizou e me fez acreditar em amor a primeira vista. Necessito encontra-lo como se minha vida dependesse disso, com apenas um olhar me viciei na sua existência. Quero de volta o calor e o rubor trazido por uma simples troca de olhares, e da hiperventilação causada pelo seu sorriso travesso ao ver o impacto que ele causava nas vidas alheias.

Caso o encontre me procure imediatamente, não prometo recompensa maior do que a gratidão eterna de uma alma atordoada, que de nada tem de pequena. Venha ao meu encontro dia ou noite, não importa, até porque meus sonhos se foram junto dele; mas de qualquer jeito me digam que o viram e que ele ainda está com o meu coração e a minha procura com aquele mesmo sorriso a minha espera.


terça-feira, 6 de novembro de 2012

Empty heart.

I wonder if anyone really loved me. Because I'm more than sure that I've never felted it. I never really cared in my life, never have anything more than a crush, and never tried to have a relationship. Life's so empty when you realize that all that you have's a selfish and jealousy look in your face when you see that the world around live in love.

I'm tired of waking up in the midle of night just to realize that I'm all alone.

Maybe I'm just like this stupid girls that likes to throw her lifes away. You know, that ones that never have something more with anyone, that just keep flirting until they realize that it don't make hers happy anymore.

I don't want something in my life, I want someone. I know that it's stupid and naive, but someday I wanna wake up and look someone in eyes and just know everything that I never knew before.

Dia-a-dia.

Mais um dia passa no qual eu me questiono se a vida é apenas isso. Acordo todo dia, olho pro lado e me vejo sozinha. Ando um pouco, e me vejo mais sozinha do que anteriormente; e assim mais um dia é consumido pelo nada. A vida é mesmo algo tão vazio?

O que engloba uma vida é algo tão ralo, que chega a ser intocavel.

Você acorda, vive e, finalmente morre. Até mesmo o seu subconsciente do subconsciente grita por mudanças, mas o tempo é tão pouco e o vazio tão imenso que nada chega a mudar. Dia após dia você faz planos, listas, orações, pedidos e todo o resto que está em suas mãos para clamar algo novo, mas como sempre nada vem.

Seu copo fica vazio, o cigarro vira cinzas, e o seu corpo um átomo voando por ai, que no final vai acabar na torrada com geleia de algum esquisito qualquer, que vai comer aquela poeirinha minuscula que é a sua vida como se não fosse porra nenhuma.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Sonho de um amor febril.

    Hoje eu sonhei com você, e com tudo o que mudou após te conhecer. Engraçado como as vezes uma melodia soa como uma lembrança, ou a traz à tona.

   - Está tudo bem em não ser normal, ou é fora do normal? Se é que você me entendeu. - Ainda me lembro do seu rosto levemente envergonhado enquanto me perguntava isso. Eu simplesmente respondi que sim, mas a verdade era que eu aquela mesma pergunta estava na minha mente há tanto tempo. E esta foi a primeira vez que eu me senti conectada a você.

   Depois disso começamos a dividir cada vez mais as nossas ideias e pensamentos, e a cada sorriso sem graça de ambos que surgiam após cada conexão criada eu não podia impedir de gostar de ti. Finalmente me sentia compreendida, mas ao mesmo tempo com medo de estragar uma amizade perfeita em cada sentido da palavra.

   "Um dia ele vai partir, e você não terá como impedir. Deveria falar logo tudo que está em ti." O que isso deveria significar? Mais uma vez me falaram isso, mas como me mover se minhas pernas não reagiam sem o meu andador que era você. Os dias passaram, e com isso um incomodo aumentou em minha garganta, mas não o suficiente para me obrigar a abrir a boca em desespero a procura de liberdade para finalmente me dar alivio.

    - Acho que nunca fui normal, ou me encaixei no mundo. Será isso muito depressivo? - Aquilo me assustou mais do que tudo, falar em depressão com um sorriso no rosto e um brilho nos olhos. Realmente tinha algo na sua essência que me atraia, algo que despertava minha necessidade de estar perto de algo ou alguém que realmente brilhasse. - Às vezes me sinto sozinho do nada, pois o mundo está tão louco. Realmente, acho que sou fora do normal. - Acenei e sorri levemente, o choque ainda não havia passado, muito menos os meus batimentos descompassados. Não conseguia parar de me perguntar como pode existir alguém tão perto de mim  e que completa tão bem a minha mente. Você compreendia cada mínimo canto empoeirado da minha alma, e ia mais além.

   Você não só era algo que me chamava a atenção, você era tudo aquilo que eu escondia. Eu via em seus olhos que eram reflexos dos meus cada pedaço que foi encoberto da sociedade. Eu não podia evitar de ficar feliz ao ver que eu não estava sozinha no mundo.

   - "And everybody's empty / And everything is so messed up. / I cannot live at all / My whole world surrounds you / I stumble then I crawl." Você tem bom gosto musical, mas deveria parar de ouvir coisas tão depressivas. Sabe, isso não vai fazer bem no futuro. - Me lembro do seu rosto reluzir enquanto me dizia isso num dia qualquer em que ouviamos música e olhavamos as estrelas. Seu sorriso tão singelo e ao mesmo tempo tão perspicáz. Sorri ao te ver assim, achando tão tolo aquilo que havia sido proferido, e continuei brincando com o nada enquanto absorvia o momento.

   Você estava certo, eu realmente deveria ter fugido dessas letras depressivas antes. Mas agora já foi. Agora em cada letra eu via a sua essência, e a minha tristeza. "Você devia ter amado ele corretamente." Eu sei. "Tenho pena de ti, o tempo foi tão curto que te roubou o adeus." Eu já disse que sei disso. Apenas parem de me lembrar. "Eu te avisei para amar ele antes que a morte chegasse." Eu sei. Eu sei. Eu sei. E isso machuca mais do que tudo.

   Tudo foi tão rápido que eu só percebi mesmo o que aconteceu quando me vi brincando com um laser branco, fingindo ser uma estrela solta pelo cosmos, assim como era o que sobrou de você agora. Não conseguia ouvir nada que só aumentava a dor, e cada música triste parecia ser uma conversa oculta minha e do artista sentindo a sua falta. Agora eu entendi porque você não queria me ver ouvindo aquilo, pois agora cada palavra me rasgava, e cada melodia era embalada pelo meu choro. Eu não tinha percebi que quando te conheci já era o fim de sua vida, eu não percebi que o tempo era tão curto. Tudo o que me sobrou de você foi a lição de que o tempo é precioso.

   Acordei hoje com lágrimas, e mais do que envergonhada de ter me esquecido do quanto eu te amei e ainda amava. Você tinha ido embora há tanto tempo, mas eu ainda te amava mais que tudo. Ainda guardo as suas lembranças como o meu maior tesouro que o mundo nunca conhecerá.

   E hoje mais uma vez vou dormir com você no meu coração.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A verdade instalada numa carta.

 Ao destino, ou karma, ou etc;

Só agora percebi que eu ainda mantive vivo por tanto tempo um último "e se". "E se tudo tivesse sido diferente entre nós, desde o começo?" Pra falar a verdade não teria valido a pena viver esse último "e se". Eu teria me machucado e machucado menos aos outros, mas não teria evoluido ao longo do caminho.

Eu ainda me imaginava voltando no tempo e correndo atras ti, e deixando todos os meus medos de lado apenas pra ver um sorriso no seu rosto ao dizer que gostava de mim. Me imaginava numa situação atual totalmente diferente, talvez com um amor ou até mesmo ingressando na carreira que eu diria ser meu sonho. Tendo um relacionamento perfeito, e me tornando na pessoa mais amavel do universo. Mas nada disso seria real, ou seria eu. O tempo não pode, e não deve andar pra trás.

Esses dois anos foram mais importantes do que tudo em toda a minha vida. Aprendi a me impor, e a me aceitar. E até mesmo que minha paixão está mesmo é nessas linhas embaraçadas. Se eu tivesse ido atras de você eu não seria eu, e por isso não teria descoberto tantas coisas ao meu respeito escrevendo. E nisso nem conheceria o meu futuro. E o mais importante, eu teria construido uma parede não ao meu redor, mas ao seu; e com nisso teria me apoiado apenas em você, e nisso nunca saberia o quão narcisista ou egocentrica eu sou pelo meu próprio bem.

Dois anos no qual que me descobri, e me construi. E posso finalmente falar que me amo de verdade, e que finalmente aceito cada mínimo detalhe do meu ser. Deixei de aquela garotinha que achava que sabia de tudo, e me tornei na que pelo menos sabe tudo ao seu próprio respeito. A felicidade não é algo que você alcança, ela apenas se torna algo seu, e de um minuto pro outro te faz sorrir ao observar tudo no seu trajeto.

Posso estar apenas na metade, ou menos disso da vida. Mas agora eu posso afirmar que não tenho nada do me arrepender.  Tudo acontece por um motivo, ou não; mas eu estou cansada de pensar nisso ao invés de realmente viver minha vida. Mas eu sei que agora tenho um ponto de partida fixo em mim, que venha o futuro, porque já superei o sabor agridoce do passado sem me tornar uma pessoa amarga ao o absorver; o que agora se tornou minhas tábuas de sustentação para o que for que vier com o futuro.

De alguém que cresceu;
Tamires.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

O fim.

A lápide foi tirada de lugar, e agora o passado e tudo que já se foi está livre. Cada ato, palavra, suspiro, e surto está livre flutuando pelo ar e contaminando o oxigênio a sua volta. Num giro brusco se depara com os fantasmas de uma vida desperdiçada. Mortos e vivos, todos a encaram esperando ouvir aquelas três palavras que muda o sentido de uma vida, e que nunca foram proferidas por essa boca que tanto sentiu isso em seu coração.

Nunca houve tantos olhares significantes voltados antes para tão insignificante ser. Antes ela tinha a desculpa de ser tão gelada por ser apenas criança, ou uma garota atordoada, mas agora tudo o que sobrou é um semblante estúpido incapaz de se mover por medo do vento a desmontar. Havia tantas feridas expostas em seu corpo frágil de alma que a cada batida do coração a sua vida era tomada. Havia feridas e dor, mas não havia sangue.

Tinha tudo e ao mesmo tempo não tinha nada. O sangue não corria, assim como a vida em suas veias. Tinha uma alma e um coração batendo, mas não dentro dela. A lápide remexida não era do passado, mas sim sua. Isso era tudo no que uma vida se resumia, fantasmas e dor contaminando um ambiente. Exceto pelo pequeno ponto mais dolorido da visão dela, o ponto tão chato e irritante que ela havia ignorado como se fosse uma pequena inflamação na córnea.

De um canto branco se transformou num amor passado. Agora tudo fazia sentido, o incõmodo não era apenas na córnea, mas sim em sua existencia. Ele ainda estava lá por ela, mesmo depois da sua morte por falta de ação. Talvez ele esteja ali porque o amor realmente importa algo, ou talvez apenas seja o destino causando dor à ela.

Era como se o mundo tivesse encontrado o fim, estando apenas os dois ali num cruzar de olhares incômodo. Nada foi feito novamente, e assim o momento morreu como começou. Num oi engolido, num abraçado recolhido, e na esperança morta no final.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Fuel.

I don't really remember how love's suppost to feel. Right now it's just paintful, boring, and sick. It's turned out to be a heavy weight in my weak shoulders. It's not just love, you know; it's every single piece of kindness, aprecciacion & smile and kisses that lost your way.

Sometimes I don't even feel love or empathy, but this time I can't let it go without putting it in letters that never gonna be read again. I don't even want you again, but my heart feels so heavy and full sometimes that every heartbeat breaks me apart.

Love's my drug, for the good or for the worst. It's my fuel, brings me back to life just to let me fall.
Love's a find a way that lost it final destination and can't fade away.

sábado, 25 de agosto de 2012

I'm sorry for being so dumb.

Now I know the truth that I was trying to deny to myself: It was you, it's always been you. You're the one that could complete me and be my person, and I could've been yours most ardently loved one. But I was dumb, really dumb. So freaking dumb in letting you go before the start of our story.

I let a closed mind tell what to do, and what to feel about you. And my heart, oh my poor heart I shutted even before he tried to say hi to you. I was dumb, really dumb. That was my mistake, and now it's the most paintul thing that lives in the deepest place of my soul.

I try to scream how much I miss you in every single way, but all that comes out of my mouth is a humming that trys to call you, but it's so quiet and weird that it's hushed by the sound of the wind blowing through a empty room. But even after it I still have hopes, and think a lot about finding you in a random street in a random day, and then you randomly fall in love for me like the first time.

And before it I hope that I've has stop from being dumb, and then finally give you more than a quiet and intense look of love, so that way you could finally be the everything in my life.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Ser.

Eu queria não ser tão instável. Queria acordar um dia e ter certeza de toda a minha existência, mas isso não é só uma estória, é a vida. Nada neste momento é como o planejado, ou até mesmo como eu aceitaria que fosse o meu futuro. A única certeza é que se a pessoa que eu era com 8 anos me encontrasse atualmente ela não estária decepcionada, mas teria pena de todo esse desastre que se tornou.

Vamos encarar os fatos, nada nunca é tão bom quanto o planejado ou como um sonho, mas ás vezes pequenos atos tornam tudo pior. E esse pior acaba com tudo, pois o fundo do poço deixa de ser um lugar e se torna um ser; você. Isto não é, e nunca será um modo de me desculpar por ser tão destruida, eu só quero deixar claro que eu não quero ser questionada, nem julgada. O que sou não tem volta, e se tiver não será uma fácil de se achar.

Apenas não criem expectativas sobre o meu ser, pois eu mesma já deixei de criar-las há muito tempo.

sábado, 16 de junho de 2012

Amnésia, Alzheimer, ou Inércia.

Não me lembro do meu sonho, nem do livro ali escrito, muito menos das palavras e emoções ali descritas. Não me lembro de nada, só da folha sendo preenchida com palavras para aliviar a minha consciência. Mesmo não me lembrando nem quem eu sou, eu ainda me lembro do seu rosto, e me lembro que no meu sonho tinha algo muito fora do contexto nele. Seu rosto estava ali, mas tudo estava errado. Minha mente, minhas emoções, e principalmente você; tudo errado. Mas agora tanto faz, até porque eu não me lembro mais disso.

Amnésia, Alzheimer, ou Inércia. Agora tanto faz quando fez anteriormente, a mente já está em branco mesmo. Você e o livro que conta a minha história já se foram, e nenhuma lembrança disso restou. Até mesmo aquela música especial que um dia poderia ser a nossa música não está mais aqui. Todo passado finalmente foi passado pra trás, toda memória foi apagada. Adeus vida passada, olá 30 segundos do recomeçar do zero.

Mas só mais uma coisa, do que é que eu estava falando mesmo?

domingo, 3 de junho de 2012

Apenas continue aqui.

Cada linha, cada cor agora tão clara aos meu olhos. E pensar que eu gastei todo esse tempo apenas desejando ver esse rosto que me acalma o coração. Suas pálpebras levemente magenta. Seus finos e sorridentes lábios, que se curvam tão sutilmente quando fala. As olheiras, que deixavam claro o nível de insônia causado pela hiperatividade. Olheiras tão profundas e sutis, e que estranhamente enquadravam tão docemente seus olhos tão iluminados, olhos tão imensamente negros. Agora eu percebo o quão importantes são os detalhes. O quanto menor ele for, maior o seu impacto no meu ser.

Ainda consigo distinguir o seu cheiro e gosto que grudou-se ao meu corpo. Na minha mente ainda se repete os seus gestos atrapalhados, suas esquivas rudes, e até mesmo o seu rosto vermelho, e som do seu coração acelerado enquanto hiperventilava por estar ao meu lado.

Mas nós não conseguimos achar o nosso caminho para o futuro, cada um virou numa direção e seguiu sem pensar no nós. Tudo o que me restou foi a minha tristeza - a única que não vai me abandonar, que nasceu comigo e assim pra sempre será - e um cigarro imaginário em minha boca. Imaginário, já que eu sou tão medroso que evito até vicios futuros, ou qualquer inutilidade impactante numa vida.

O rastro impactante de dor deixado pela lágrimas no meu coração já não me preocupa mais. Até consigo sorrir normalmente, mas meu corpo debilitado ainda sente a sua falta. Agora me vejo obrigado a te transformar em literatura a cada dia em que a saudade é mais amarga do que eu posso aguentar. Trago mais uma vez o oxigênio, e escrevo uma nova linha sem sentido enquanto imagino os seus lábios a procura dos meus. Escrevo mais um livro com o meu final feliz inexistente, e com a mesma frase final: Apenas continue aqui, mas não só até o fim.

sábado, 19 de maio de 2012

Caleidoscópio do amor.

O tempo passou e a vida mudou. As rosas ganharam novos perfumes, e o mundo um novo aroma. E a outra novidade nisso sou eu, que já não te amo mais. Ainda te carrego em meu peito com carinho e delicadeza. Ainda me pego pensando se a sua vida está ao seu agrado, e se esses novos ares te fizeram bem. E acima de tudo ainda me pego sorrindo ao lembrar do quase passado.

Já escrevi para ti todas as linhas tortas e açucaradas que existem dentro de um coração apaixonado. Sorri incontáveis vezes olhando para o nada e pensando que meu coração estava preenchido. O mais engraçado disso tudo é que vo me preencheu de amor não de ti, mas pela vida.

Suspiros, e mais suspiros. Sendo eles doces ou apenas a respiração profunda sendo exalada, essa é uma das coisas que ganhou todo um novo sentido em minha vida graças a ti. Sua essência para mim sempre será mais doce do que um suspiro, e toda hiperventilação intercalada com um suspiro será seu nome sendo sussurado gentilmente pelos lábios de minha alma.

A cada segundo ao seu lado mais vida eu ganhei. E assim agradecida eu fico por ti, e por todo amor que foi exalado para mim. Não te amo mais como antigamente, agora apenas te admiro por ter criado um novo ser dos meus cacos, por ter sido delicado comigo, por ter me reconstruido como um caleidoscópio que agora vê todo o amor multiplicado e colorido.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Seasons of a life.

   In these cold days I remember of you, and somehow it's warms me up like it was yours arms hugging me for the first time. But I miss your tongue more than yours arms around me, I miss your taste so much that it hurts me everytime I try to recreate your bittersweet flavor against my fragile tongue. I hate the way I miss you more than anything, and how you completed me in every single way, even in my crazyness.

   Never in my hole life I knew how was love like, but now I know, it's awful. It makes me want to go back time and space just to have you a little longer, or to make you smile one more time. Now all I have is a empty room, and a cup of tea with tears.

   Do you remember when everything was good and colorful? 'Cuz I remember every single second of that time, and how your handsome face dazzled me being my view from heaven. But now I'm just a blind child with blood instead of tears in the eyes, rubbing then and trying to love the phosphenes that reminds me of you.


   So the time passed by, and you get bored of me. You walked away, and silly the way I'm, I just left you go. The end came and we didn't even said goodbye. I still look at my hands were yours was placed, and bruise myself trying to recreate the warm of yours. Now I'm nobody, my heart's empty, and my fingertips are made of scars. My mind's locked in a early winter that looks that gonna last forever. There's no sunlight in my life, and the light of this twilight of mine isn't made of stars anymore.

   I'm sorry, but this is the end of everything. My wait finally has an end, with my Sun body and soul getting frozen. Now that I lost everything, I'm sendind all my love to you.

domingo, 29 de abril de 2012

Uma nova manhã nublada.

Me pego olhando para o tempo nublado e sorrindo, mas sorrindo de verdade mesmo. Sorrindo ao me ver ter a mais pura e instantanea felicidade. Talvez ela esteja aqui porque eu deixei de ter pena da vida, e de mim mesma. Simplesmente parei de tentar ser perfeita, e ter tudo como o imaginado. Agora eu sou apenas eu, uma louca que gosta de sorrir ao sentir o vento frio bater contra a face, que deixa o cabelo voar do jeito que ele quiser com a brisa que passa. E agora sou a que ri ao ver que mais uma tempestade esta a caminho da cidade parar lavar todo os cantos dela.

Não me lembro ao certo quando isso aconteceu, e quando foi que o tempo me curou do passado. Pra falar a verdade não me lembro de nada mais, em minha mente agora tenho apenas momentos realmente marcantes em uma vida.

As flores de outono não existem mais, todas morreram e levaram consigo a sua beleza; mas tem algo nessa parte do ano que me agrada, talvez seja a saudade que as flores deixam em meu peito que me faz sorrir antes de dormir. Uma saudade tão boa que chega a aquecer o peito antes dolorido, tão calmante quanto sentir o aroma exalado por um cafe forte fresco.

Este efeito do frio que faz com que tudo crie mais vida do que o normal, que torna cada simples ação mais delicada e harmoniosa. Deve ser essa mudança no clima que alterou a minha mente e vida. Agora o que falta a ser feito e largar do meu receio em compartilhar meu mundo aos outros, e deixar que os instintos da natureza me levem por ai, igual a uma folha recem seca que voa livremente com o vento.

segunda-feira, 5 de março de 2012

"Não tentes terminar a tua vida antes do tempo natural."

      Abro uma página qualquer, e eis que me acho em palavras tão simples e impactantes. Como o universo poderia saber que toda tristeza, solidão, angústia, ódio interno, e a depressão estão voltando a minha vida?
Quem poderia saber tão bem da minha confusão interna ao ponto de me dirigir tais palavras?
Que outro alguém no mundo poderia me entender tão bem ao ponto de me digirir ao que mais soa com um "please, don't kill yourself tonight"?

     Não me lembro do passado, apenas me lembro de quando eu fingia estar bem, e de quando eu chorava pensando em como tirar a vida que me foi dada. Me lembro de sorrir quando queria desabar, e da sensação da garganta se fechando após perder o fôlego num choro desesperado.

     Nunca fui de me abalar fácil, mas sim de fugir de psicólogos por medo de compartilhar meus pensamentos ou vida com alguém. Dê explodir numa raiva sem sentido, me quebrando apenas para sentir que estava viva. Até que nada funcionava, e a vontade de parar de viver aumentou.
O tempo passou, a inércia chegou e após a sua partida fui normal por uns anos. Pequenos anos, mas que preencheram uma vida. E agora sinto que essa vida voltou a ser ameaçada, e o pior de tudo, por eu mesma, pela minha mente, e pelas minhas mãos!

 

                           "Não tentes terminar a tua vida antes do tempo natural."

 

     E após mais um dos choros que fazem o coração parar, me deparo com isso. Pobre alma aquela que está compativel comigo nesses surtos depressivos, tão pesado deve ser o fardo em seus ombros, em sua vida.

     Sinto estas palavras ecoarem em meu ser, e me acalmar como se tivessem sido sussuradas ao pé de minha orelha. Não posso não notar o quão doce, e gentil ela soou em minha mente. Não posso ignorar o fato de que ela parece ter sido criada pela minha alma, como se ela gritasse por vida, e ao mesmo tempo implorasse por ela.
 
     E pensar que uma frase tão singela me passou a sensação de um abraço caloroso, e me deu uma esperança no futuro, e na vida presente nele. Se já passei por tudo isso e mais anteriormente, vou sobreviver de novo. E novamente vou tirar forças do meu "complexo de Alexandre, O Grande" ao qual é o de apenas morrer após alcançar a glória.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Quando o Sol gelou.

E lá estava você, sentada na grama; isolada do mundo. Encolheu e apenas sentiu o vento cortar sua pele. E o Sol; mas que belo e potente Sol; este fez evaporar a umidade de seus cílios após o choro. O céu e o mundo nunca esteve tão vazio para você como naquele momento. Era como se todas as células do universo tivessem conhecido o fim de sua mortalidade. Não havia mais nada para ti, apenas o não vivo, ou não reagente.

Estranho era conseguir ver tantos rostos ao seu redor ao fechar os olhos. Tantas luzes, felicidade, e vida. Talvez os seus olhos estivessem falhando, e só mostrando a realidade quando deveriam mostrar o nada - pensou consigo mesma. Mas eis que um pequeno pensamento a pos a chorar novamente. "Se minha visão só estivessem falhando, eu não estaira sentada aqui sem sentir no mínimo o calor de alguém próximo, não estou cega, apenas sozinha com memórias."

Ela chorou até sua mente ficar em branco, até o fôlego acabar e, até que o pôr-do-sol chegou até ela. Quem poderia dizer que aquela grande bola de explosões nucleares poderia acalmar aquele fraco coração abalado. Mesmo ele estando tão longe, conseguiu mostrar para ela que ali havia vida, pois havia ali um calor mais forte que o maternal.

Finalmente ela conseguiu ficar em paz. Ela não se importava mais com o fato de que a tristeza e o vazio dentro dela continuavam vivos mesmo após anos. Nada mais importava, pois aquele mero calor que a havia atingido minutos atras mostrou que o muro que a separava do resto do mundo podia ser ultrapassado ou até mesmo quebrado. Tijolo por tijolo, até que seu verdadeiro eu que era tão forte quanto explosões solares fosse liberto, e atingisse a todos.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Love Kills.

E foi assim que tudo recomeçou, com um olhar escondido sob a luz do luar. Dois corações em suas mãos, e uma lágrima repreendida junto de um sorriso. A decepção deixada clara a cada palavras que soava de sua boca, que à repreendia por cada vez que virou as costas e o repeliu. Mal ele sabia que ela sofria com seu próprio escudo. Vergonha do que se foi, e do que restou. De cada ato, e não-ato cometido. Vergonha da própria essência especializada em fugir. E essa vergonha pairava no ar, e contagiava o ambiente. Ela por ser tão infantil e medrosa a ponto de repelir tudo, e ele de explodir em emoções contráditórias que não expressavam a verdadeira vontade dele.

E quando um dos corações estáva preste a explodir, tudo mudou. A nova posição da lua os influenciou como as marés. Toda a pressão anterior agora se foi, e apenas o som do silêncio se fez presente. Parados encarando um ao outro, como se fossem dois animais com medo do predador que não consegue fazer nada além de respirar. E assim ficaram, até que seus corações retornaram a bater saudavelmente. Agora eles eram novamente o casal que se compreende por um sorriso, seja ele reproduzido pelos olhos ou pelos lábios.

Aos poucos o amor retornou, e com ele a compreensão mútua. Retornaram a ser o que eram antes da maré alta da lua forçar seus sentimentos mais escuros sobre o outro. Com isso o fim trágico foi adiado novamente. Ainda existiam dois corações batendo nas mãos do destino. Dois corações que conhecem o amor, e que terão o sofrimento em seu futuro por causa dele. Mas que vão saber aproveitar cada sorriso secreto compartilhado por sonhos, e que depois desse futuro não vão ter o arrependimento de ter perdido algo no caminho pesando em suas consciências.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Para ti.

   Os meses passaram rápido, mas já faz muito tempo desde a última vez que eu te vi. Mas o tempo não te afetou em nada, só aumentou o tamanho de seu sorriso e o brilho em seus olhos. Olhos que antes me hipnotizavam, e que mesmo não sendo os seus verdadeiros ainda me causam um impacto imenso.

   Engraçado ver o quanto minha mente gosta de me atacar, mostrando você em todos os lugares como o meu maior erro. Realmente e isso o que você é, já que eu fugi e me escondi, porque eu sabia que você poderia ser a única coisa certa em minha vida. Óbviamente a menina que brincava com fogo teria medo de brincar com sentimentos, porque o impacto deixado pela queimadura dói menos do que o de confiar em vão.

   E assim o tempo passou, mas o vazio que deixou não foi ocupado. As alucinações começaram, e a saudade reprimida também. Minha mente não dorme, pois gasta todas as suas energias tentando te encontrar. Mal sabe ela que eu exatamente aonde você esta, e como seria fácil te encontrar. Mas ai que entra a questão: Será que eu realmente conseguiria te ver e sair ilesa?

   Não confio em mim, e não confio no que eu me tornaria sem você. Se hoje estou assim, o futuro poderia ser pior, e o desespero seria certo. Minha desculpa antes era que eu não queria comprometer o meu futuro, e agora é que só fujo pela minha sanidade mental.

   Queria poder te ver de novo, e ser forte o suficinete pra depois me esquecer disso. Queria poder ver seus olhos novamente, e o seu sorriso comovente. Encostar apenas mais uma vez em sua bochecha quente, absorver o brilho que emana de ti. E poder apenas mais uma vez me tornar uma pessoa melhor, e ser aquela pessoa que conseguiu encontrar a sua paz de espirito num completo desconhecido.