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domingo, 7 de abril de 2013

As mudanças em mim.

E de novo me pego pensando em você. Tento te esquecer, mas percebo que isso já virou rotina. Quando foi mesmo que eu me tornei alguém que se importa com os outros, pois eu não me lembro de ser assim há um mês atrás. Há um mês eu era normal, eu era infantil e estúpida. Agora eu passo boa parte do dia pensando no que fiz de errado ou no que não deixei claro, e um breve período te encarando esperando uma ação inexistente ou te desejando o bem como se isso fosse algo da minha pessoa.

Eu mudei e não percebi, simplesmente fechei os olhos da minha mente ao te conhecer. E aqui estou eu com o coração na boca a cada segundo que penso em você, e com dor na consciência toda vez que penso em te esquecer. Não me lembro de nunca ter dado valor a algo ao ponto de querer aquilo sempre aos meus olhos, e agora morro de ciumes de tudo ao teu redor.

Me odeio mais uma vez por não conseguir organizar meus pensamentos pois lembrei do seu sorriso. Me odeio pois sei que não consigo te odiar pelo caos criado. E odeio a maldita frase que repercute em minha cabeça me lembrando que escritores só sabem escrever sobre os outros se o amam, pois a inspiração vem disso; e porra olha eu aqui escrevendo a porra de um segundo texto sobre você.

Me estresso olhando essa folha em branco na qual não consigo organizar minha mente, e penso no grito entalado em minha boca que no final vai virar um abraço em você quando eu tiver coragem ao longo dos dias. E institivamente me lembro do calor e do toque, da sensação de proteção e calmaria. Lembro da estampa da sua camisa favorita que me lembra motivos natalinos, e que por mais que eu odeie essa data não consigo evitar de sorrir ao te ver nela. Oh não, isso não é bom, não quero que meu mundo gire ao redor de algo que não me pertence ou que não faça parte do meu ser; mas deixei de ter escolha sobre isso no momento em que me distrai e assim me afundei profundamente em sua essência.