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quinta-feira, 26 de maio de 2011

3D

Olhos doloridos, lacrimejam como se jorrassem sangue sem parar.
O ardor sendo comprimido pelo visão turva.
O sol queimando levemente a retina, transportando o ser a uma nova dimensão visual.
O arranhão na pupila agora coça incansavelmente.

Colírios somem de vista, assim como toda água potavel desaparece na hora da sede.

Mais um cego no mundo.
Cego superficial, assim como aquele que ignora as coisas a sua volta.
A, mas esse era tão lúcido,
E pensar que um simples toque no olhar pode alterar tudo.

Pedaços especiais de vidro não podem mudar essa condição,
Pois uma vez que a profundidade mudou,
Nada, nem mesmo agulhas podem trazer de volta.

Dedos não encostam mais objetos,
Tropeços viram rotina.

E pensar que algo tão fácil se tornou um obstáculo.
Saudade de quando o tato funcionava bem.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Delirios sobre o futuro e o passado.

Ainda me lembro de quando eu era menina. Tenho cada detalhe dessa época cravado em minha mente, cada sorriso, cada cantiga de ninar. Mas não ache que são essas que todas crianças conhecem. As minhas eram especiais. Elas eram as músicas tocavas no violão que tinham as melodias mais bonitas dos anos 80 e 90.

Não havia um dia em que eu não escutava os cds do Legião Urbana do meu pai. Ou no qual eu não escutasse outra música antiga que meus pais adoravam. Tanto que eu aprendi inglês ouvindo Elvis.
Aprendi a dar valor as pessoa, e a momento pequenos e calmos da vida com essas músicas. Eu sempre fui mais viciada em música do que qualquer outra coisa. E eu tenho certeza que a simplicidade da vida há 13 anos atrás, e as músicas bem trabalhas daquela época que me deram uma boa infância.

Não acho que as crianças de agora aproveitem tanto essa fase inocente e de aprendizado tendo tanta tecnologia, e não dando valor a algo porque ganhou fácil. Eu apenas não consigo imaginar uma boa infância sem aquilo que me alegrava anos atrás. Não entra na minha cabeça que o mundo está evoluindo, e com isso o modo de agir e pensar dessa geração seja tão diferente. É como se em 10 anos tivesse sido criada uma barreira cultural equivalente a 50 anos.

Onde está a felicidade de ter um animal de estimação como amigo no lugar de um celular?
Desde quando as vacas entraram em extinção? Já que agora as crianças acham que o leite vem da caixa. Cadê a ingênuidade que fazia com que elas acreditassem em mitos folcloricos?

Onde está toda a beleza que existia antes dessa que é chamada a melhor época da vida? Cadê?

terça-feira, 24 de maio de 2011

The starry night of one star & one lover.

Good morning sunshine.
No, goodnight moonlight.
Oh, wait, now you're a falling star.
Should I start to run looking for you now?
Please, wait for me, I need to find my jar of wishes.

I need to have you only for me.
The world could not see you, 'cuz he gonna try to change you.
He doesn't know how to love something the way it is.

The only way that he knows how to be kind, is putting flowers in your grave.

Shh. Don't scream it, it's bad, it's ugly.

"Give me some rose, and I gonna be yours forever."

I said: "Shh." Hush down, and be calm.
I know that it looks like it gonna last forever, but it's fake.

Please, don't leave me. Don't you remember that year?

Oh. It's looks like I'm the only one that remember of it.
It started with a cold summer, and ended in a hot & carnal winter.

No, now the sun is coming to find me.
I wasted all night trying to make you love me, but it's might be impossible.
So take all the feelings that you want from me. I don't need love anymore.

And please, send to me one invite to your funeral.
I will give you in your death a rose.
'Cuz by that way you gonna make my wish come true.

Mar a dentro, Mar a fora.

Mar a dentro ela ia, debatendo contras as ondas que insistiam em mandá-la para a praia. Desespera pra que canse-se a ponto que a necessidade e o instinto lutador dentro dela não a jogasse para acima das águas. Era como se toda a falta de confiança na humanidade que ela tinha tivesse se tornado ódio contra o próprio ar. Pobre ar, estava levando a culpa de todos, quando o único mal que ele fizera para ela foi brincar com seus cabelos delicados, e apalpar leve e friamente o seu rosto.

Quando ela se tornou tão ingênua a ponto de não perceber que o céu chorava por ela?

Mimada, você não merece sair ilesa, se é tão boba. Conseguiu encantar a vida, e mudar a ordem natural, mas nem isso te alegrou. De tão egocentrica, realmente pensou que o fim do mundo seria o fim da sua vida. Não é porque os céus choram agora, que eles não vão superar isso.

Parece que só agora o universo percebeu que ser tão bom com alguém não é o aquela pessoa realmente necessita. Mimar alguém lhe dando milhares dias de Sol nada mais fará do que lhe queimar os miolos.

Agora com os lábios tocados pelo lindo azul royal da hipotermia ela perceberá que isso não é o que ela realmente desejava fazer de sua vida. Tarde demais, nenhuma roleta russa vem com um botão de desligar ou cena anterior.

Pelo menos agora, em seus últimos segundos, ela perceberá que tudo aquilo que ela dizia odiar, na verdade foi a melhor vida dela. Cada partícula da criação do universo dentro dela não estava morrendo, mas apenas se transformando. Do universo, para o universo. Cada partícula de carbono do qual ela se dizia dona, nunca foi seu, pois ela mesma pertencia a outro.
A água salgada que entra em seus pulmões e os queimavam não estava querendo machuca-lá, mas apenas tomar o que era seu desde o principio de volta.

Agora seu corpo sem cor, sem vida descia tocava o ínicio da zona abissal. Ser bonita lá não faria diferença, nem seu vestido vitoriano seria admirado. Esse sim seria o esquecimento absoluto para ela.

Nem tudo é imortal, muito menos infinito. Seu tempo acabou, o jogo também. Afinal, qual seria a graça da roleta russa se não existir um final trágico para um, e sádico para outro?