Cansei de esperar por mudanças, de acreditar no futuro, das pessoas, e do que elas fazem comigo. Cansei de tudo e de todos. Não aguento mais esse delírio febril que é a vida, tão entediante quanto o vento batendo contra uma parede. Simplesmente cansei de tudo e de todos. Cheguei a um ponto em que me cansei da vida, e da ideia do suicídio também.
Não existe mais o que fazer. Lágrimas não tem mais motivos, muito menos se elas forem quase trazidas a tona pela solidão constante do esquecimento alheio sobre a sua existência. Foda-se o passado e o futuro, o agora e o daqui um segundo. Chega de desculpas, de mentiras brancas, de criar uma vida para ser transmitida aos que nem prestam atenção ao esforço do ator cansado e depressivo.
Pobre palhaço infeliz és o que sou. Sem expectativas, sem esperanças, e acima de tudo sem contato direto com seres vivos. Até porque, o passado está fadado a se repetir, e nisso o fato mais marcante dele vai voltar: o ato de esquecimento sobre a sua existência num único piscar de olhos desconhecido.
Final prematuro ao qual estou destinado. Mais uma vida jogada ao lixo pois ela não conseguiu se incluir na sociedade. Mais um final infeliz para aqueles iguais que também nem chegaram a viver. E apenas uma brisa fria inconveniente para o resto do mundo.
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